RIBATEJO
O Poleiro
Há alguns meses que não refeiçoava com o Virgílio Gomes, jornadas paralelas ensopadas por chefe especialista em pastelões de fantasia. De comum acordo a refeição decorreu no restaurante O Poleiro, tamanino no espaço, grande no preparo das matérias-primas a redundarem em produtos qualificados, logo sápidos, logo gulosos. Os oficiantes nos fogões sabem a doutrina de cor e salteado.
Se o serviço afável, experiente e diplomata é chancela vincada do restaurante, também a aparelhagem das mesas o é, sendo, igualmente, de destacar a garrafeira cuja lista não consultámos, bebemos o tinto duriense Casa da Palmeira, produzido por vitivinicultor que estimamos.
A agenda começou a ser desbastada ao ritmo de prova de pastéis de bacalhau (sem queijo, apetece dizer educado porra) cuja fritura obedeceu ao normativo: dourada, seca e estaladiça (desculpem os bebedores do fino não escrever crocante). Pataniscas redondas e rissóis, trazendo no bojo recheio de...o leitor faça o favor de ir verificar para ficar deliciado, acompanharam expressivo arroz de lingueirão. O Virgílio porque não anda nove quilómetros todos os dias, preferiu legumes isento de azeite, do suculento arroz retirou meia colher. Ele sabe o que perdeu. A lista de temas a tratar ficou a meio. Vamos continuar.